Depois de deixar o clube do Tocantins em maus lençóis durante a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D, quando contraiu dívidas de várias formas e não honrar os compromissos, o ex-superintendente Jair da Silva está sendo acusado por uma moradora de Salvador, Bahia, de ter sido enganada e entregado nas mãos dele cerca de R$ 1.190,00 no último dia 9 de agosto.
Segundo a jovem, de 30 anos, que pediu para não ser identificada, ela conheceu Da Silva num site de relacionamento e pessoalmente no dia 7 de agosto. "Ele me contou uma história de que estava na cidade por te sido roubado por uma outra mulher que tambem conhecera na net. Me convenceu e no dia seguinte (08) sai com ele, tendo pago inclusive, a conta dele no hotel em que estava hospedado".
A jovem, que está desempregada e tem um filho de 10 anos, disse que no domingo (9), arrumou o valor solicitado por Da Silva e entregou o dinheiro, com a promessa de que ele depositaria na terça-feira na conta dela.
Indagada pela reportagem exclusiva do O GIRASSOL, porque caiu na lábia do "galanteador", ela disse que ele mostrou contracheques, matérias de jornais do Tocantins e do time que ele disse que assumiu em julho. "Ele me disse que é uma pessoa bem relacionada no Tocantins, influente e qualquer um cairia na conversa dele", disse a jovem, que acreditou inteiramente na conversa do Da Silva.
Desesperada, desempregada e precisando pagar o valor, já que pegou emprestado de terceiros para entregar a Da Silva, a jovem baiana faz um apelo para que o "Don Juan" entre em contato com ela e devolva o dinheiro, para que ela possa saldar a dívida contraída.
Dívidas
Dívidas
As dívidas contraídas com Da Silva em nome do Tocantins durante a disputa da Série D já passam dos R$ 50 mil. Só para a empresa de taxi aéreo Amazon, são mais de R$ 30 mil referentes ao aluguel de 3 aeronaves que foram utilizados pelo time para o deslocamento de Belém a Santarém, para o jogo contra o São Raimundo.
Outras dívidas também foram contraídas em São Luiz quando o Tocantins enfrentou o Moto Clube e ficou uma semana hospedado na capital maranhense, aguardando a viagem para Belém. Despesas com hotel e alimentação foram pagas com cheques sem fundo.
Vale ressaltar que os cheques utilizados eram da secretaria executiva do Tocantins, que também foi enganada pelo Da Silva, ao abrir duas contas em bancos de Palmas e entregar dois talões assinados em branco e cartões de crédito nas mãos do então superintendente do Tocantins.
Os calotes e as armações provocadas por Da Silva contribuiram para que o Tocantins pedisse afastamento por dois anos das competições promovidas pela Federação Tocantinense de Futebol, antes que fosse punido pela própria FTF e pela Confederação Brasileira de Futebol - CBF. Mas o time ainda pode ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva que pediu deligências sobre o comportamento e negligência nos pagamentos de taxas de arbitragens ocorridas em Palmas, que foram bancadas pela Federação.